Graham Blake é um homem de sucesso, seja na vida profissional, sexual ou familiar. Mesmo assim, o empresário não consegue dormir há longo tempo. Tentando reencontrar a paz de espírito, ele se interna na Clínica de Terapia Vital, onde dará início a uma terapia pouco ortodoxa: durante um mês, terá total controle sobre a vida da família de Roxanna, uma funcionária de sua fábrica.
A história é narrada, alternadamente, por Blake e pelo Dr. Tolgate, seu guia durante a terapia. Tolgate é quem explica ao paciente a extensão de seus poderes. Blake decide se a família de Roxanna encontra tristeza ou felicidade ao longo do mês em que os controla. Ele escolhe se eles enfrentarão desemprego, violência, dificuldade para pagar contas - ele tem a vida de todas aquelas pessoas em suas mãos.
O livro "Terapia", de Ariel Dorfmann, é o representante da Avareza na coleção Plenos Pecados. À primeira vista, é difícil encontrar os sinais de sovinice em Graham Blake - afinal, ele não tem problemas em comprar presentes caros ou o melhor vinho do restaurante durante um jantar com amigos. Mesmo no trato com a família de Roxanna, ele não se preocupa com o valor a ser empregado em seus planos.
A forma como o avaro de Blake se manifesta é diferente: ele não se apega excessivamente ao dinheiro, mas à sua primeira fábrica, ao poder e à própria Roxanna. Essas três coisas se tornam o principal interesse do personagem, que demonstra, aos poucos, ser capaz de abrir mão de qualquer outro elemento de sua vida.
Depois de começar o tratamento, o protagonista entra numa espiral de obsessão pelo controle total daquilo que preza - de acordo com Tolgate, acompanhar a terapia de Blake pode levar o leitor a conhecer melhor seus próprios defeitos. O livro, de fato, é envolvente e leva ao questionamento "o que eu faria se estivesse nessa situação?", mas falta uma abordagem mais clara ao pecado capital que representa.
"Terapia" foi publicado pela editora Companhia das Letras. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
A forma como o avaro de Blake se manifesta é diferente: ele não se apega excessivamente ao dinheiro, mas à sua primeira fábrica, ao poder e à própria Roxanna. Essas três coisas se tornam o principal interesse do personagem, que demonstra, aos poucos, ser capaz de abrir mão de qualquer outro elemento de sua vida.
Depois de começar o tratamento, o protagonista entra numa espiral de obsessão pelo controle total daquilo que preza - de acordo com Tolgate, acompanhar a terapia de Blake pode levar o leitor a conhecer melhor seus próprios defeitos. O livro, de fato, é envolvente e leva ao questionamento "o que eu faria se estivesse nessa situação?", mas falta uma abordagem mais clara ao pecado capital que representa.
"Terapia" foi publicado pela editora Companhia das Letras. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.