por Maria Clara
Juliette Ferrars tem 17 anos, e passou os últimos três trancada em uma cela que, teoricamente, devia ser um hospital psiquiátrico. Ela passa os dias sozinha, até que algo assustador acontece: um garoto chega para lhe fazer companhia. Essa novidade seria ótima, não fosse o fato de que Juliette não pode tocar ninguém sem matar ou ferir seriamente a pessoa.
Criada pela norteamericana Tahereh Mafi, Juliette é a protagonista de "Estilhaça-me", primeiro romance da autora (e início de uma trilogia). A necessidade de se controlar para não tocar o companheiro de prisão não é o único problema da adolescente. Rapidamente, Juliette descobre que sairá do hospício apenas para se tornar uma arma nas mãos do Restabelecimento - grupo que detém o poder político e oprime a população, principalmente depois que os recursos naturais entraram em colapso e se tornou necessário racionar comida e eletricidade.
Desesperada, a garota precisará encontrar um jeito de ser aceita na sociedade e impedir o Restabelecimento de controlá-la (mesmo que nenhuma pessoa goste dela - graças a seu "dom" -, Juliette não tem vontade de se vingar de todos aqueles que a abandonaram no hospício). Para isso, terá a ajuda de Adam, o rapaz que foi colocado em sua cela e que, estranhamente, é imune à dor que a pele da protagonista pode causar.
"Estilhaça-me" é um livro envolvente, e seus capítulos curtos dão rapidez à trama. Narrado por Juliette, dá a impressão de estarmos dentro da própria cabeça da garota - frases corridas, sem vírgulas, como se os pensamentos viessem aos turbilhões e não houvesse tempo para se acalmar antes de decidir o que fazer. Além disso, é comum ver frases riscadas, como se a garota se recusasse a aceitar algo que tenha acabado de perceber. É uma forma de escrita que, à primeira vista, pode causar estranhamento, mas à medida que o leitor entra na história, percebe que isso ajuda a entender o drama da protagonista - abandonada, intocável (mesmo seus pais não podiam se aproximar), assustada, com um grande sentimento de culpa e desesperada para não ser transformada em assassina ou torturadora.
Tahereh Mafi conseguiu criar um enredo interessante e que dá vontade de acompanhar os próximos acontecimentos da história.
"Estilhaça-me" foi publicado pela editora Novo Conceito. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Desesperada, a garota precisará encontrar um jeito de ser aceita na sociedade e impedir o Restabelecimento de controlá-la (mesmo que nenhuma pessoa goste dela - graças a seu "dom" -, Juliette não tem vontade de se vingar de todos aqueles que a abandonaram no hospício). Para isso, terá a ajuda de Adam, o rapaz que foi colocado em sua cela e que, estranhamente, é imune à dor que a pele da protagonista pode causar.
"Estilhaça-me" é um livro envolvente, e seus capítulos curtos dão rapidez à trama. Narrado por Juliette, dá a impressão de estarmos dentro da própria cabeça da garota - frases corridas, sem vírgulas, como se os pensamentos viessem aos turbilhões e não houvesse tempo para se acalmar antes de decidir o que fazer. Além disso, é comum ver frases riscadas, como se a garota se recusasse a aceitar algo que tenha acabado de perceber. É uma forma de escrita que, à primeira vista, pode causar estranhamento, mas à medida que o leitor entra na história, percebe que isso ajuda a entender o drama da protagonista - abandonada, intocável (mesmo seus pais não podiam se aproximar), assustada, com um grande sentimento de culpa e desesperada para não ser transformada em assassina ou torturadora.
Tahereh Mafi conseguiu criar um enredo interessante e que dá vontade de acompanhar os próximos acontecimentos da história.
"Estilhaça-me" foi publicado pela editora Novo Conceito. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
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