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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Edgar Allan Poe dá um jantar... e a morte vira o prato principal

por Maria Clara


Imagine que vários escritores de clássicos da literatura mundial não só se conhecessem, mas decidissem se reunir para um jantar. Esse é o ponto de partida de Edgar Allan Poe's Murder Mystery Dinner Party (ou Poe Party, para quem acha o nome muito longo), exibida no YouTube em 2016. Produzida pela Shipwrecked, a websérie acompanha um encontro organizado por Edgar Allan Poe para um jogo: todos os convidados devem interpretar personagens tentando desvendar um homicídio.

O que era uma brincadeira se torna preocupação quando pessoas começam a morrer de verdade na casa do escritor. Partindo do princípio que um deles é o assassino, Poe e seus convidados começam uma busca por pistas que possam impedir as mortes e identificar o culpado pelos homicídios.


A websérie conta com atores norte-americanos conhecidos por outras produções do Youtube. O anfitrião da história é interpretado por Sean Persaud, que já encarnou Allan Poe em A Tell Tale Vlog, também da Shipwecked, sobre os contos e poemas do escritor. Os títulos de cada episódio são inspirados em obras de Poe, como O Retrato oval e A Descida do MaelstromAshley Clements e Mary Kate Wyles (de The Lizzie Bennet Diaries) também fazem parte do elenco.

Dando início à lista de convidados do jantar estão Oscar Wilde (O Retrato de Dorian Gray), H.G. Wells (A Máquina do tempo), Emily Dickinson e Charlotte Brontë (Jane Eyre). 

Ernest Hemingway (Por quem os sinos dobram), Louisa May Alcott (Mulherzinhas), Fyodor Dostoyevski (Os Irmãos Karamazov) e Mary Shelley (Frankenstein) também fazem parte dos convivas de Poe. 

A lista de convidados é encerrada com George Eliot (Middlemarch) e Agatha Christie (Assassinato no Expresso Oriente). Além disso, duas personagens de Poe - Lenore e Annabel Lee, que traz um acompanhante - fazem parte do evento.




Inteiramente disponível no YouTube - embora apenas o primeiro episódio tenha legendas em português -, a produção já participou de festivais nos Estados Unidos e venceu um prêmio de roteiro no DC Web Fest, em abril desse ano.

sábado, 20 de junho de 2015

Morte em Pemberley

por Maria Clara


A britânica P. D. James, morta em 2014, alcançou o sucesso escrevendo ficção policial. Em 2011, ela partiu de um clássico da literatura mundial para escrever seu último livro: "Morte em Pemberley", que se passa seis anos depois do final de "Orgulho e Preconceito".

Na obra mais conhecida de Jane Austen, acompanhamos o início da interação entre Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy, além das desventuras que marcam o início do relacionamento do casal - personificadas na irmã de Elizabeth, Lydia, e no jovem oficial George Wickham.

"Morte em Pemberley" mostra Elizabeth e Darcy felizes com a vida de casados, cuidando dos negócios, da casa e de dois filhos. O contato da protagonista com sua irmã e confidente Jane é mantido, assim como o de Darcy com seu amigo Bingley. A relação com Lydia e Wickham, porém, é mais delicada, e é responsável pelo ponto central do enredo.

Durante a preparação para o Baile de Lady Anne, comemoração tradicional em Pemberley, Darcy e Elizabeth são surpreendidos pela chegada tempestuosa de Lydia. Com a ideia de participar da festa mesmo sem haver sido convidada, ela seguia para a casa da irmã acompanhada de Wickham e do capitão Denny, amigo de seu marido. Quando chega a Pemberley, porém, ela está sozinha e em pânico, gritando que houve um assassinato na floresta, levando os personagens a uma investigação para provar se Wickham é ou não um assassino.

Apesar de partir de "Orgulho e Preconceito", "Morte em Pemberley" não coloca Elizabeth como protagonista. Na trama policial, é Darcy que fica com a maior parte das cenas, das decisões e dos conflitos, enquanto a esposa se preocupa com questões domésticas e apoia o lorde emocionalmente.

Essa mudança pode incomodar os fãs que desejavam mais ação de sua heroína, mas a maneira como P. D. James conduz a história não dá muita margem a insatisfação por parte dos leitores. O enredo acompanha toda a investigação do crime, dando informações sobre todos que teriam motivo para cometer o assassinato e levando o leitor a tentar descobrir, por si próprio, a identidade do culpado.

Em 2013, o livro foi adaptado para a televisão e transmitido pela emissora inglesa BBC, como parte de sua programação especial de fim de ano. A série trouxe Matthew Rhys como Darcy e Anna Maxwell Martin como Elizabeth. O papel de George Wickham ficou com Matthew Goode, e Jenna Coleman interpretou Lydia.

"Morte em Pemberley" foi publicado pela editora Companhia das Letras. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Frankenstein, M.D.

por Maria Clara


A escritora Mary Shelley
Filha e esposa de escritores, a inglesa Mary Shelley tinha 21 anos quando publicou sua obra de maior sucesso: o romance "Frankenstein", um dos marcos da literatura ultra-romântica (ou gótica). A história apresenta Victor Frankenstein, cientista em busca de reconhecimento que dá vida a um monstro com forma humana.

Mais que o drama do criador contra sua criatura, o livro aborda questões como a bondade ou maldade inerentes ao ser humano, a influência da sociedade na formação da personalidade de cada um e os avanços científicos  tema extremamente atual, já que descobertas como células-tronco e clonagem são assuntos em discussão no mundo médico.

É nesse contexto atual, da medicina do século XXI, que a mais nova adaptação do clássico gótico se ambienta. Em Frankenstein, M.D., produzido pela Pemberley Digital e pela televisão pública americana, PBS, a história acontece em um laboratório da fictícia Engle State University, e os telespectadores acompanham tudo via Youtube.




Além da modernização, a websérie traz uma mudança em alguns personagens. A protagonista, agora, é Victoria Frankenstein, estudante de medicina que se destaca pela mente ousada e o grande desejo de alcançar grandes feitos científicos (traço marcante do personagem original no livro). Auxiliada por Iggy DeLacey, ela faz experimentos com sangue sintético e ossos impressos em terceira dimensão.


Primeiro episódio da série

Assim como Frankenstein, os personagens Elisabeth Lavenza e Robert Clerval também tiveram seu gênero alterado: agora, são Eli e Rory, melhores amigos da protagonista e que a ajudam em suas experiências. Ao contrário do que acontece no livro, o professor de Victoria, Wardman, aparece em mais de um episódio.




Lançada em agosto, a série já se aproxima do acontecimento que desencadeia toda a história: a criação do monstro. Como os primeiros episódios se dedicam ao cotidiano de Victoria no laboratório, têm-se uma ideia de como a criatura será formada (vale lembrar que, embora seja comum dizer que o monstro original é a união de partes de pessoas mortas, não há nenhuma explicação no livro sobre como ele realmente foi criado).

Frankenstein, M.D. não tem o ar alegre de outras produções da Pemberley Digital, como a vencedora do Emmy The Lizzie Bennet Diaries. Ainda assim, mantém a qualidade narrativa da produtora. Assim como nas webséries anteriores, mais de um personagem conta a história: além da linha principal, com os vídeos protagonizados por Victoria, momentos menores do enredo passam pelos vídeos de Iggy DeLacey e de Eli Lavenza. Enquanto o primeiro responde perguntas do público, o outro fala diretamente com Victoria, dando mais detalhes sobre a relação entre os amigos.


Em Ask Iggy, o colega de Victoria responde perguntas do público


Em Eli to Victoria, o amigo da estudante usa vídeos para mandar recados a ela


A interatividade também continua nas redes sociais, especialmente no Twitter. Fazendo jus ao foco quase obsessivo que tem em suas pesquisas, Victoria não responde mensagens de seguidores, apenas posta sobre novidades científicas, seu dia no laboratório e eventuais tweets para os amigos. Nos perfis de Iggy e Rory, porém, é possível conversar com os personagens.

Os episódios de Frankenstein, M.D. vão ao ar todas as terças e sextas-feiras no canal da PBS no Youtube  até o momento, só há legendas em inglês, que podem ser ativadas no próprio Youtube.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Emma Approved - Jane Austen de volta ao Youtube

por Maria Clara

Já falamos aqui sobre The Lizzie Bennet Diaries, modernização de "Orgulho e Preconceito" produzida por Hank Green e Bernie Su e veiculada no Youtube. Ao final da websérie, os dois decidiram trazer a empresa de William Darcy para a vida real, criando a produtora Pemberley Digital.

Quem acompanhou The LBD soube que a websérie foi seguida de Welcome to Sanditon (em que a irmã de William, Gigi Darcy, realizava testes de uma ferramenta de comunicação da Pemberley Digital). Ao mesmo tempo, como pano de fundo, era possível acompanhar o enredo de "Sanditon", romance inacabado de Jane Austen. Agora, mais uma história da escritora inglesa chega ao Youtube (e outras plataformas digitais): "Emma", que foi modernizada em Emma Approved.




A nova produção de Green e Su segue a principal característica de suas antecessoras: antes mesmo da estreia, já era possível interagir com os personagens em diferentes redes sociais e visitar o site da protagonista. A página de Emma Woodhouse dá dicas de vida, estilo e relacionamentos - tudo para melhorar a sua vida!



A Emma da websérie é bastante parecida com a do livro: se coloca como aquela que resolve a vida de todos, acreditando que isso mostra o quanto é bondosa e altruísta. Na adaptação, porém, sua disposição para unir casais e resolver os problemas alheios também é seu emprego, na empresa que abriu com a ajuda do pai e que comanda com o sócio Alex Knightley.

Outra diferença: enquanto o livro de Austen começa no fim do casamento dos Weston, a websérie criou pequenas complicações para essa união. Há quem acredite que essa mudança é ruim e se afasta do enredo original, mas na verdade é uma oportunidade de conhecer a personalidade da protagonista antes que a verdadeira história comece: a reviravolta que Emma pretende fazer na vida de sua amiga (agora, assistente) Harriet Smith. Por volta do nono episódio, porém, já vemos a moça tentando melhorar a vida de Harriet.

Os episódios de Emma Approved saem às segundas e quintas-feiras. Alguns personagens ainda não apareceram, mas já têm perfis virtuais. Para acompanhar a história em alguns deles, basta seguir os links clicando nas imagens:



Site da série
Twitter de Emma Woodhouse
Twitter de Harriet Smith

Para quem não entende inglês, já existem episódios legendados no Youtube, basta clicar aqui.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Websérie: The Lizzie Bennet Diaries

por Maria Clara

Quem é fã de Jane Austen ou do romance "Orgulho e Preconceito" e gosta das adaptações da obra (como as que foram feitas para a TV e o cinema) pode se interessar pela websérie The Lizzie Bennet Diaries. Apresentada como um vlog e postada no Youtube, ela mostra a história sob o ponto de vista da protagonista Elizabeth. O enredo original, ambientado na Inglaterra em 1813, é transportado para os Estados Unidos de hoje.

Lizzie, rodeada por Charlotte, Lydia e Jane

A série começou em abril de 2012, e quase todos os personagens aparecem nos vídeos. Além de Lizzie e suas duas irmãs (Lydia e Jane. Mary foi transformada em prima, e Kitty se tornou a gata de estimação de Lydia - o que realmente combina com a relação das garotas no original), a amiga Charlotte aparece sempre. Os pais de Lizzie são interpretados pelas filhas, já que não sabem da existência do vlog.
 
O mesmo acontece com Bingley (aqui chamado de Bing Lee) e sua irmã Caroline, e com William Darcy, Georgiana, Fitzwilliam e Mr. Collins. Depois de alguns episódios, porém, eles deixam de ser interpretados pelas irmãs Bennet e realmente participam dos vídeos.

Lizzie é interpretada por Ashley Clements - que, assim como o resto do elenco, não é muito conhecida. A atuação de Mary Kate Wiles como Lydia, porém, é o ponto alto da websérie. É graças ao trabalho da atriz que percebemos a riqueza da personagem.

 
Várias redes sociais
 
Uma característica interessante de The LBD, como alguns fãs abreviam o nome, é a forma de contar a história em diferentes plataformas digitais. Além do Youtube, os vídeos de Lizzie também estão reunidos no Tumblr da garota. Os telespectadores também podem acompanhar tudo pelo Facebook e pelo Twitter de cada personagem, deixando mensagens e comentários como se eles fossem reais.

 
Outros pontos de vista
 
Lizzie não é a única que possui um vlog. Gigi Darcy e Maria, irmã de Charlotte, também postam vídeos em canais próprios. O spin-off que recebe mais atenção, porém, é o de Lydia Bennet.
A relação de Lydia com sua prima Mary e com George Wickham, apenas mencionada no livro de Jane Austen, é amplamente explorada no canal da garota. Sua própria personalidade aparece mais, mostrando que a Bennet mais nova é, na verdade, bastante simpática e parecida com algumas jovens de hoje.
A história, de acordo com o que acontece no livro, está se aproximando do final - mas todos os episódios continuam na internet. Ela pode ser acompanhada desde o início no canal de Lizzie, já que cada vídeo indica qual é o próximo (indicando, inclusive, os outros canais, para que ninguém se perca).
 
Para quem se interessou, segue o episódio de abertura (em inglês):

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