A Lionsgate divulgou, nesta quarta-feira, o primeiro trailer de "Extraordinário". O filme, baseado no livro de R. J. Palacio, chega aos cinemas brasileiros em 23 de novembro (veja a resenha do livro).
"Extraordinário" conta a história de August Pullman, um menino de 10 anos que tem o rosto deformado por causa de doenças genéticas. Inteligente e gentil, Auggie passa, pela primeira vez, pela experiência de estudar em uma escola, acompanhado de outras crianças. O livro, narrado por vários personagens, fala sobre bullying, amizade e respeito.
August será interpretado pelo ator Jacob Tremblay (que já atuou em "O Quarto de Jack", adaptado da obra de Emma Donoghue). Julia Roberts e Owen Wilson atuam como pais do menino, e Sonia Braga participa como sua avó – a mãe de Auggie tem ascendência brasileira. A direção do filme ficou a cargo de Stephen Chbosky, responsável por "As vantagens de ser invisível".
Susan Morrow, a protagonista de "Tony & Susan", do norteamericano Austin Wright, tem uma vida tranquila. Dedicada a cuidar da família e da casa, ela vive com os três filhos e o marido e não tem muitas emoções além da rotina doméstica. Isso muda, porém, ao receber uma encomenda do ex-marido: escritor, Edward lhe envia a primeira versão de um livro e pede que ela o leia.
A partir daí, Susan começa a dedicar suas noites à leitura do romance "Animais Noturnos". A obra de Edward conta a história de Tony Hastings, um homem que vê a esposa e a filha serem sequestradas durante uma viagem de férias. Sem conseguir defendê-las, ele passa o resto da vida tentando lidar com a violência que a família sofreu nas mãos dos bandidos que encontrou na estrada.
Enquanto Susan acompanha a história de Tony, ela relembra seu relacionamento com Edward – desde a adolescência, quando se conheceram, até os acontecimentos que culminaram com o divórcio. Incomodada por ter recebido o livro, ela continua a leitura por pressentir um objetivo oculto: ela acredita que Edward tinha algum tipo de recado para passar a ela por meio do romance.
"Tony & Susan" oferece uma narrativa dentro de outra: o leitor não só lê a história de Susan, como também lê a história de Tony enquanto ela é lida por Susan. Ao mesmo tempo em que acompanhamos as desventuras do homem que sofre por se afastar da família e as reflexões de uma mulher sobre seu primeiro casamento, acompanhamos a opinião e as reações desta mulher ao livro que lemos com ela.
O resultado é quase um exercício de metalinguagem: o leitor se percebe analisando a própria condição de leitor, já que todos os acontecimentos do romance são provenientes das sessões de leitura de Susan. Isso é melhor demonstrado nos trechos de maior violência ou impacto de "Animais Noturnos": logo que uma novidade no enredo criado por Edward desperta uma reação no leitor, a mesma é anunciada por Susan, que reflete sobre o livro do ex-marido a cada novo capítulo.
Embora essa seja uma característica interessante de "Tony & Susan" – e, talvez, seu ponto alto –, o livro possui ritmo lento e a condução da história principal se torna um pouco monótona. A trama protagonizada por Tony oferece boas oportunidades de pensar sobre a coragem de defender aqueles a quem se ama e o ponto em que justiça e vingança se confundem. O enredo que acompanha Susan, porém, parece carecer de mais informações. Ela sente que está deixando algo passar enquanto lê o livro de Edward, e isso faz com que ela – e o leitor – entrem em um estado de incômodo contínuo.
Publicado em 1993, "Tony & Susan" chegou aos cinemas em janeiro de 2017, com o nome "Animais noturnos". Dirigida por Tom Ford, a adaptação é estrelada por Amy Adams e Jake Gyllenhaal e foi indicado ao Oscar em oito categorias: melhor filme, diretor, roteiro adaptado, fotografia, edição, design de produção, edição de som e mixagem de som. "Tony & Susan" foi publicado pela editora Intrínseca. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Em fevereiro, nos Estados Unidos, acontecerá a 89.ª cerimônia de entrega dos Academy Awards, o Oscar de 2017. Os filmes indicados às 24 categorias foram anunciados na última semana – e, entre eles, estão seis obras que foram adaptadas da literatura. Conheça os livros que deram origem aos concorrentes dos prêmios esse ano:
O livro conta a história de três cientistas afro-americanas responsáveis pelo programa espacial dos Estados Unidos e deu origem ao filme de mesmo nome. Estrelada por Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe e dirigido por Theodore Melfi, a adaptação recebeu três indicações: Melhor filme, melhor atriz coadjuvante (Octavia Spencer) e melhor roteiro adaptado.
"História da sua vida e outros contos", de Ted Chiang - A Chegada O conto que dá nome ao livro serviu como inspiração para "A Chegada". Estrelado por Amy Adams e dirigido por Dennis Villeneuve, "A Chegada" foi indicado a melhor filme, diretor, roteiro adaptado, fotografia, edição, design de produção, edição de som e mixagem de som. O filme acompanha o esforço da linguista Louise Banks para traduzir o idioma de alienígenas que pousaram na Terra.
"Uma longa jornada para casa", de Saroo Brierley - Lion No livro, o indiano Saroo Brierley conta a história de sua vida: ainda criança, se perdeu da família e acabou adotado por um casal australiano; anos depois, ele usa o Google Earth para tentar reencontrar a família biológica. No filme "Lion - uma jornada para casa", o autor é interpretado por Dev Patel. A adaptação foi indicada a seis categorias: melhor filme, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, roteiro adaptado, fotografia e trilha sonora.
"Tony & Susan", de Austin Wright - Animais Noturnos O livro de Austin Wright acompanha Susan Morrow, uma professora de inglês que recebe a primeira versão de um livro escrito por seu ex-marido, Edward Sheffield. Enquanto lê a história, que foi dedicada a ela, Susan relembra seu relacionamento com Edward. "Tony & Susan" deu origem ao filme "Animais noturnos", dirigido por Tom Ford e estrelado por Amy Adams e Jake Gyllenhall, rendeu a indicação ao oscar de melhor ator coadjuvante a Michael Shannon.
"Um Limite entre nós", de August Wilson A obra de August Wilson foi adaptada para o cinema sob direção de Denzel Washington. Indicado a melhor filme, ator, atriz coadjuvante e roteiro adaptado, o filme aborda o racismo a partir do personagem Troy Maxson, que precisa lidar com o sonho do filho de ser esportista.
"O Silêncio", de Shusaku Endo O filme, que tem origem no livro de mesmo nome, foi dirigido por Martin Scorsese e indicado ao prêmio de melhor fotografia. O enredo acompanha dois padres jesuítas no Japão, numa época em que o catolicismo havia sido banido do país.
A cerimônia do Oscar será realizada no dia 26 de fevereiro (domingo), com apresentação de Jimmy Kimmel.
Aos 24 anos, Louisa Clark está acostumada à vida que leva. Moradora de uma pequena cidade inglesa, ela é simpática, animada e amável. Sua característica mais marcante é a forma peculiar de se vestir, sempre misturando cores, estampas e texturas de maneira, no mínimo, incomum. Há anos ela tem a mesma rotina, que inclui apenas a vida familiar (Louisa mora com os pais, o avô, a irmã mais nova e o sobrinho), acompanhar o namorado e trabalhar em um pequeno café perto de casa.
O enredo de "Como eu era antes de você", da britânica Jojo Moyes, se inicia quando Louisa fica desempregada e acaba indo trabalhar como cuidadora de Will Traynor. Rico, bonito e arrogante, ele ficou tetraplégico depois de um acidente e, agora, planeja praticar eutanásia. O objetivo da mãe de Will ao contratar Louisa é fazer com que a personalidade esfuziante da moça ajude Will a reencontrar a vontade de viver. Aos poucos, acompanhamos as tentativas de Louisa de conquistar a amizade de Will. Tudo na vida dele contrasta com a dela: antes do acidente, ele era considerado um "empresário implacável", morava em Londres e gostava de aventuras. Ela, por sua vez, não sente vontade de sair da cidade, se conforma com um quarto minúsculo na casa dos pais e já pensou em trabalhar com moda, mas lhe falta coragem para perseguir essa carreira. Com a aproximação dos personagens - e seu inevitável envolvimento romântico -, a protagonista percebe que há mais no mundo para se ver e conhecer que a pequena vizinhança que ela frequenta.
Se, inicialmente, "Como eu era antes de você" parece mais uma história de uma manic pixie dream girl(MPDG) - a menina feliz cuja única razão de existir é viabilizar o desenvolvimento do heroi masculino -, Jojo Moyes se afasta do estereótipo à medida que a história se desenrola. O que se percebe, aqui, é o crescimento da própria Louisa. Desde experimentar uma comida diferente ou assistir a um concerto de música clássica até pensar sobre o que realmente deseja na vida, é ela quem passa por mudanças em sua forma de ver o mundo e as outras pessoas. Ao longo do livro, Moyes nos mostra como Louisa é diferente de todos que a cercam. Seu contraste em relação à irmã ressalta a impressão que sua família tem dela: enquanto Treena é considerada inteligente e sensata (embora os pais acreditem que sua gravidez tenha sido um obstáculo em sua carreira acadêmica), Lou é vista como uma moça gentil, mas bobinha. Mesmo Patrick, seu namorado, não lhe dá muita importância. Ele não se interessa realmente pelos gostos dela e só se preocupa com a moça quando acha que pode perdê-la - não que isso o leve a pensar mais na namorada que em si mesmo.
A adaptação de "Como eu era antes de você" para o cinema é bastante fiel aos acontecimentos do livro, embora falhe ao deixar de lado pontos importantes para compreender a protagonista. A sensação de inferioridade que ela tem em relação a Treena não aparece, dando visibilidade apenas aos conselhos recebidos da irmã. O pouco interesse de Patrick na vida de Louisa também não recebe muito espaço - é possível, inclusive, que os desavisados pensem que a moça é quem sai de um relacionamento absolutamente perfeito sem ao menos pensar no namorado. A atuação de Emilia Clarke faz justiça à Louisa do livro: alegre e sempre preocupada com o bem estar dos que a cercam, sua Lou é exatamente a mesma escrita por Moyes. O filme peca, porém, ao excluir uma parte importante do passado da personagem - justamente a informação necessária para o público entender que Louisa não é uma MPDG boba e artificial, mas que sua personalidade esfuziante é resultado da violência que já teve que enfrentar. "Como eu era antes de você" foi publicado pela editora Intrínseca. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Marco literário na vida de várias crianças que passaram a infância acompanhadas pela coleção Vagalume, o livro O Escaravelho do Diabo, de Lúcia Machado de Almeida, vai ganhar as salas de cinema. Com direção de Carlo Milani e previsto para estrear ainda em 2015, o filme já teve algumas imagens divulgadas.
A história original, publicada em 1972, fala sobre a atividade de um serial killer na cidade fictícia de Vista Alegre: pessoas ruivas começam a ser assassinadas, depois de receberem um besouro. O estudante de medicina Alberto, irmão de uma das vítimas, decide investigar os crimes para descobrir quem matou seu irmão. Acompanhado do inspetor Pimentel e do sub-inspetor Silva, ele procura pistas que o levem ao culpado.
O filme trará uma grande mudança: agora, o protagonista é um garoto de 13 anos, interpretado pelo ator Thiago Rosseti (da novela Carrossel). Contracenando com Marcos Caruso, na pele de Pimentel, ele tenta desvendar o mistério das mortes que continuam acontecendo na cidade — agora chamada Vale das Flores.
Por enquanto, não há trailer do filme, mas o público já pode ver as primeiras imagens liberadas pela Globo Filmes e pela Dezenove Som e Imagens, responsáveis pela produção:
O livro ganhou uma nova capa depois de ser adaptado para o cinema
Amy Elliott Dunne desapareceu no dia de seu aniversário de cinco anos de casamento. Sua casa mostra sinais de violência e ninguém sabe quem poderia ter sequestrado a mulher, mas todas as suspeitas recaem sobre seu marido, Nick Dunne, que precisa provar sua inocência.
"Garota Exemplar", de Gillian Flynn, fala sobre o desaparecimento de Amy e de seu casamento com Nick por meio de duas narrativas separadas: Em alguns capítulos, vemos a reação do protagonista ao sumiço da esposa. Em outros, acompanhamos a história do casal, escrita por Amy em um diário.
Reservado e com uma grande necessidade de agradar a todos que o cercam, Nick encontra na irmã, Margo, a oportunidade de ser ele mesmo - mostrando suas fraquezas, dúvidas e receios e deixando clara a situação desgastada de seu relacionamento. Já o diário de Amy apresenta uma mulher apaixonada que tenta consertar todas as falhas de seu casamento, mas que começa a se sentir ameaçada pelo marido. O livro prende o leitor logo cedo, ao misturar os pontos de vista de Nick e Amy. A metade da história traz uma reviravolta no enredo que deixa a narrativa mais interessante, tornando impossível abandonar a leitura antes do final. Graças ao sucesso alcançado depois de sua publicação, "Garota Exemplar" foi adaptado para o cinema. O filme, com o mesmo nome, traz Ben Affleck (de "Argo") como Nick e Rosamund Pike (a Jane Bennet da adaptação de "Orgulho e Preconceito" em 2005) no papel de Amy.
"Garota Exemplar" foi publicado pela editora Intrínseca. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Mia é uma violoncelista talentosa de 17 anos. Única musicista clássica numa família de amantes do punk, ela namora Adam, vocalista de uma banda de rock de Portland, e tenta encontrar seu lugar no gosto musical que a cerca. Um dia, enquanto ia para a casa de amigos da família, ela sofre um acidente e entra em coma. É a partir do acidente que o livro "Se eu ficar", de Gayle Forman, entra de verdade no enredo. Enquanto está internada, Mia sai do próprio corpo e acompanha o que acontece com as pessoas que conhece. Amigos e parentes se reúnem no hospital, torcendo pela vida da adolescente, enquanto a equipe médica faz todos os procedimentos possíveis para salvá-la. Invisível, a garota alterna a narração do que acontece no hospital com lembranças de antes do acidente, em especial seu relacionamento com Adam, que não mede esforços para vê-la e tentar convencê-la a continuar viva. Mia percebe, rapidamente, que a decisão de viver ou morrer depende apenas dela, e tem algumas horas para escolher. O livro tem tom melancólico, mas não chega a ser excessivamente triste nem leva às lágrimas. O leitor acompanha a protagonista enquanto ela repensa sua vida e tenta decidir qual a melhor opção, ficar com seus amigos ou desistir de lutar pela sobrevivência. A história continua em "Para onde ela foi", narrado por Adam três anos depois do acidente de Mia. "Se eu ficar" ganhou uma adaptação para o cinema em setembro, com a atriz Chloë Grace Moretz (de "Carrie" e "Kick Ass") na pele da protagonista Mia, e Jamie Blackley ("Branca de Neve e o Caçador") como Adam.
"Se eu Ficar" foi publicado pela editora Novo Conceito. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
O mundo de Jonas é monocromático e sem opções de escolha. O garoto vive numa época posterior à atual, em que cores, sentimentos e outros sinais da liberdade humana foram erradicados, para garantir que decisões erradas tomadas individualmente não prejudiquem a vida em sociedade.
Aos 12 anos, o protagonista de "O Doador" já é considerado adulto, e deve começar o treinamento na profissão que os Anciãos escolheram para ele. Enquanto seus amigos são direcionados ao trabalho como operários ou cuidadores de idosos, Jonas se torna o próximo Guardião das Memórias - o único cidadão a se lembrar de absolutamente tudo o que já aconteceu na Terra, seja um passeio de trenó, seja uma grande guerra.
Enquanto faz seu treinamento com o personagem que dá título ao livro, Jonas começa a se perguntar se a falta opções que dita os dias de sua cidade é realmente a melhor forma de manter a qualidade de vida de seus cidadãos. Ao descobrir um detalhe importante do trabalho de seu pai, essa dúvida se torna mais forte, e ele decide que é hora de partir em busca de outras formas de viver.
Assim como as trilogias Divergente e Jogos Vorazes, "O Doador" (publicado pela autora Lois Lowry em 1993) é um romance distópico em que cabe ao protagonista, bastante jovem, questionar e desafiar um sistema político que oprime a população. A diferença é que, aqui, a opressão não é sentida pelas pessoas: todos os que pensam sobre o assunto acreditam que essa é realmente a melhor maneira de manter a paz e a ordem na cidade, e apenas Jonas sente a necessidade de fazer algo para mudar a situação. Originalmente lançada no Brasil pela editora Sextante com o nome "O Doador", a obra teve seus direitos de publicação adquiridos pela Arqueiro e teve o nome modificado para "O Doador de Memórias"
O livro foi adaptado para o cinema: o filme, "O Doador de memórias", estreia hoje em todo o país, e tem no elenco atores como Jeff Bridges, Meryl Streep e Brenton Thwaites (no papel de Jonas). Como o final da obra literária é aberto, deixando os leitores livres para imaginar o que acontece quando o livro acaba, é possível ver, ainda no trailer, que o filme segue além do que foi escrito e provavelmente deu um final "extra" ao enredo. A história não tem continuação, mas Lowry escreveu outros três livros sobre o mesmo universo, e acredita que a saga, agora, esteja completa.
"O Doador de Memórias" foi publicado pela editora Arqueiro. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
O livro "O Menino no Espelho" foi lançado em 1982. Nele, o escritor Fernando Sabino conta histórias de sua infância, na época em que vivia em Belo Horizonte. Ainda nas primeiras páginas do prólogo o leitor já é conquistado pela facilidade com que o protagonista inicia suas memórias, falando do maior mistério que já havia vivido. Ao longo do romance, Fernando conta, de forma leve e fluida, dez aventuras que teve quando criança - mas dá a sensação de que muitas outras aconteceram. São casos em que o menino demonstra esperteza, como a tentativa de salvar uma galinha (que ia morrer para virar o almoço), ou os esforços para sobreviver na selva durante um acampamento. Outras histórias mostram a imaginação do protagonista, com situações que poderiam até ser consideradas mágicas. O capítulo "O canivetinho vermelho" fala da época em que Fernando era capaz de realizar milagres. Já em "O menino no espelho", capítulo que dá nome ao livro, o menino consegue trazer seu reflexo para o mundo real. Graças à vontade de ter um irmão gêmeo e ao desencantamento do nome Odnanref (que é o nome de Fernando ao contrário), o garoto se torna amigo de seu duplo, como ele mesmo fala. O toque de fantasia que permeia o romance pode dar a ideia de um livro infantil, e não deixa de ser uma boa dica de leitura para crianças. Quem já cresceu, porém, não tem motivos para não gostar: a história fala a pessoas de todas as idades, transportando o leitor para um momento em que a vida era leve e descomplicada. O romance de Fernando Sabino serviu de inspiração para um filme de mesmo nome, produzido pela Downtown Filmes e protagonizado por Lino Facioli. O ator já é conhecido pelo papel de Robin Arryn na série Game of Thrones, e dá vida a Fernando e Odnanref. Após ler o romance e compará-lo com o trailer do filme, percebe-se que a obra cinematográfica foi além do que é narrado no livro - o que não é necessariamente ruim, já que abre mais possibilidades no enredo. "O Menino no Espelho" estreia dia 19 de junho em Belo Horizonte, e ainda não há datas para o resto do Brasil.
"O Menino no Espelho" foi publicado pela editora Record. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Entre 2008 e 2009, um grupo de adolescentes de Los Angeles invadiu as casas de celebridades como Paris Hilton, Orlando Bloom e Lindsay Lohan. Os jovens, que tinham situação econômica confortável, pegavam roupas, relógios, dinheiro e outros bens antes de ir embora. A série de roubos foi noticiada no artigo "The Suspects Wore Louboutins", da jornalista Nancy Jo Sales, na revista americana Vanity Fair.
Os crimes despertaram o interesse da cineasta Sofia Coppola, que lançou o filme "The Bling Ring"em 2013. Quando foi procurada por Sofia pela primeira vez, Nancy Jo decidiu escrever um livro com o mesmo nome da película, para dar mais detalhes sobre o caso e a história dos adolescentes envolvidos.
A quadrilha era praticamente vizinha de suas vítimas. Em um curto passeio de carro, munidos de informações coletadas no Google, eles chegavam às casas escolhidas. Ali, se aproveitavam da sensação de segurança que levava os proprietários a deixar a porta destrancada, e começavam as "compras". Os itens roubados eram usados na escola, vendidos na rua e viravam posts no Facebook, já que os adolescentes não se preocupavam em esconder o que estavam fazendo.
Nick Prugo e Alexis Neiers são os mais mencionados no livro - ele é apontado pelo resto do grupo como o líder e delator; ela sonhava com a fama e chegou a coestrelar o reality show Pretty Wild. Como numa grande reportagem, Nancy Jo Sales relata os depoimentos dos envolvidos no caso, desde os adolescentes e suas famílias e advogados até algumas das celebridades que foram roubadas. A jornalista conta como foi cada entrevista, e tenta entender o que motivou jovens aparentemente felizes e com boa vida financeira a cometer os crimes.
"Bling Ring" foi publicado pela editora Intrínseca. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Seguindo a onda de histórias distópicas que parece ter tirado o foco dos romances sobre vampiros, Veronica Roth lançou uma trilogia que tem início em "Divergente". No livro, tudo acontece em Chicago, numa época não especificada, quando a adolescente Tris Prior completa 16 anos.
Por motivos não conhecidos, a cidade é cercada e sua população se divide em cinco facções: Amizade, Audácia, Abnegação, Franqueza e Erudição. Não há mobilidade entre elas, e cada cidadão deve permanecer em um único grupo até o fim de sua vida. A única possibilidade de mudança é a cerimônia em que os adolescentes de 16 anos têm a oportunidade de decidir se continuam na facção onde nasceram, ou se passam para outra.
Cada facção se baseia na virtude humana que considera mais necessária para a construção de um mundo sem guerras. Os adolescentes, na véspera de sua iniciação, passam por um teste de aptidão que indica qual dos cinco grupos tem mais a ver com sua personalidade, mas cada um pode escolher independente do resultado que obtiver. O teste de Tris, nascida na Abnegação, tem resultados inconclusivos. A garota se encaixa tanto na Abnegação quanto na Audácia - sendo considerada Divergente. Sabendo que essa não é uma classificação que deva ser divulgada, já que pode trazer muitos problemas (em boa parte do livro, esses problemas são como um mistério para a adolescente), a protagonista escolhe abandonar sua casa e se unir à Audácia. A partir daí, tem que passar pela iniciação à facção, provar sua coragem, lidar com a competição e a inveja dos novos colegas e com a atração por Quatro, seu misterioso instrutor. Enquanto conta a história de Tris, Roth apresenta, como pano de fundo, a forma como a política de desenvolve em Chicago. As facções, que teoricamente deveriam organizar a sociedade e promover a paz, começam a entrar em conflito - especialmente a Abnegação e a Erudição. Na Audácia, Tris também percebe que alguns dos problemas da cidade têm influência direta na vida dos iniciados. A maior parte do enredo do livro é dedicada à protagonista, suas dúvidas sobre sua condição de divergente e sua adaptação à nova facção. O tom de romance da história fica a cargo da atração entre Tris e Quatro, que se aproximam um do outro à medida que a adolescente avança na iniciação à Audácia. É apenas depois da metade que "Divergente" começa a seguir um caminho rumo ao questionamento do poder em Chicago - como esse ainda é o primeiro volume da trilogia, há tempo para que as forças políticas sofram mudanças, como é usual em situações distópicas. O livro já tem adaptação para o cinema: "Divergente", com Shailene Woodley como Tris e Theo James como Quatro, além de Kate Winslet e Ansel Elgort no elenco. Dirigido por Neil Burger, o filme estreia no Brasil em 17 de abril.
"Divergente" foi publicado pela editora Rocco. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Algum tempo depois da parceria estabelecida entre Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander para investigar um crime em "Os Homens que não Amavam as Mulheres", o jornalista e a investigadora voltam a se encontrar. No segundo volume da trilogia Millennium, de Stieg Larsson, é hora de Mikael retribuir um favor e ajudar Lisbeth a sair de problemas.
Em "A Menina que Brincava com Fogo", encontramos Lisbeth em uma viagem pelo mundo, enquanto Mikael "aproveita" a fama que adquiriu indesejadamente ao desvendar o que acontecia em Hedestad. Os dois protagonistas nunca mais se falaram, já que Lisbeth cortou relações com o jornalista subitamente.
Durante a preparação de uma edição especial da revista Millenium, Mikael se depara com um esquema de prostituição que envolve várias personalidades poderosas. Vigiando os passos do antigo amigo (o computador do jornalista foi hackeado ainda no início da trilogia), Lisbeth se interessa pelo assunto e acaba envolvida com um triplo assassinato. A partir daí, caberá ao Super-Blomkvist tentar defender a moça.
No segundo livro, Larsson dá mais informações sobre Lisbeth Salander. Até aqui, os leitores estavam na mesma situação de Mikael: só sabiam sobre a situação atual da hacker, não conheciam nada sobre seu passado. Agora, à medida que Blomkvist tenta relacionar Lisbeth aos assassinatos, descobrimos os motivos que levaram os médicos a considerá-la mentalmente instável, e que a colocaram sob a tutela do Estado sueco.
Apesar de ter um início um pouco mais lento que seu antecessor, "A Menina que Brincava com Fogo" não falha em assumir uma narrativa mais ágil, à medida que novas informações surgem sobre os crimes e sobre a história de Salander. Ao final do livro, é garantido que o leitor já estará com vontade de ler o volume final da trilogia.
O livro foi adaptado para o cinema em 2009, com Noomi Rapace no papel de Lisbeth Salander e Michael Nyqvist como Mikael Blomkvist. Ainda não se sabe se a versão americana também será gravada (o primeiro livro da trilogia Millenium foi regravado nos Estados Unidos em 2011, com Rooney Mara e Daniel Craig).
"A Menina que Brincava com Fogo" foi publicado pela editora Companhia das Letras. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Rose Hathaway é uma Dampira - meio humana, meio vampira. Como todos de sua espécie, está destinada a ser guardiã de um Moroi (vampiros dotados de mágica), a quem deve proteger dos Strigoi (vampiros violentos e descontrolados que matam suas vítimas, de modo que perdem a magia e se tornam um tipo de mortos-vivos - não se deve confundi-los com zumbis, entretanto). A imortalidade dos Strigoi é alcançada por meio da ingestão de sangue Moroi, e por isso os Dampiros tentam fornecer a defesa necessária para os vampiros pacíficos.
Sentindo que sua melhor amiga, Lissa Dragomir, está em perigo na escola onde as garotas estudam, Rose organiza uma fuga, e ambas passam dois anos longe da Academia São Vladimir. O problema é que Lissa faz parte da realeza Moroi e é a única herdeira do clã Dragomir, o que faz com que a escola tente trazê-la de volta para mantê-la em segurança.
As adolescentes são encontradas pelo guardião Dimitri Belikov, que as conduz de volta à São Vladimir e se torna mentor de Rose. A protagonista passa a se dedicar ao treinamento rígido de guardiã, mas descobre que Lissa voltou a ser ameaçada anonimamente dentro do campus, e precisa decidir o que fazer em relação a isso.
À primeira vista, a história de "O Beijo das Sombras", de Richelle Mead, pode lembrar automaticamente a série Crepúsculo (que também traz vampiros adolescentes no colegial). Basta o primeiro capítulo, porém, para que se perceba que as histórias não se assemelham em nada.
Rose é uma heroína ativa e determinada, ainda que um tanto inconsequente, Ela é firme no objetivo de se tornar guardiã e faz o possível para se superar e, um dia, ser designada para proteger Lissa. A relação das duas personagens mostra a força da amizade feminina, poucas vezes retratada nos romances adolescentes atuais. Sua interação com Dimitri, por quem se apaixona, também mostra o senso de responsabilidade da garota - mesmo desejando o instrutor, ela entende os riscos que surgiriam de um relacionamento com ele.
O livro mescla os perigos do mundo sobrenatural a dramas adolescentes na proporção ideal. Rose e Lissa não são só vampiras preocupadas com o combate aos Strigoi, nem só meninas às voltas com a hierarquia escolar e roubos de namorados. Os outros personagens, como Dimitri e Natalie (prima de Lissa), ainda que secundários, mostram sua importância para a trama. Nenhum fica "perdido" no enredo, ainda que a personalidade forte e impulsiva de Rose - que contrasta com o jeito doce e pensativo de Lissa - se destaque.
"O Beijo das Sombras" é o primeiro livro da série Vampire Academy. Sua adaptação para o cinema estreou nos Estados Unidos no dia 07 de fevereiro, e chega ao Brasil em março. O filme foi dirigido por Mark Waters e traz Zoey Deutch e Lucy Fry no papel de Rose e Lissa.
"O Beijo das Sombras" foi publicado pela editora Agir. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Alguns livros são fáceis de resenhar: é possível lê-los e, ainda que a história emocione, você continua capaz de alcançar um distanciamento antes de escrever sobre eles. Esse não é um desses livros, pelo menos para mim, mas fiz o máximo para não deixar que a emoção afetasse a resenha.
Na Alemanha, em um trem a caminho da cidade de Molching, Liesel Meminger vê o irmão morrer e, no enterro do menino, rouba um livro de um coveiro do cemitério. A "A Menina que Roubava Livros", de Markus Zusak, já apresenta a protagonista na atividade que a define - ao longo da vida, o interesse pela leitura e o hábito de surrupiar aquilo que deseja ler terão forte influência sobre o que acontece com a garota. Em Molching, Liesel é adotada por Hans e Rosa Hubermann, aprende a ler e a amar as palavras. Ali, ela também começa a compreender o Nazismo e os motivos para ter sido deixada pela mãe, de forma que o romance traz parte da Segunda Guerra Mundial sob o olhar de uma criança. Bastante inteligente e sensível, a protagonista percebe que as palavras que tanto a encantam durante a leitura são o mesmo material que permite a situação de tensão no país. Ao mesmo tempo, ela se entrega aos livros e cria sua própria relação com essas palavras, bem como com a família e os vizinhos. Liesel é uma personagem cativante, mas está longe de ser a única a envolver o leitor. Seus pais adotivos, Hans e Rosa, são um casal formado quase por opostos: enquanto ele é a imagem da calma e sabedoria, transmitindo segurança para a menina, ela é enérgica e determinada, raramente capaz de demonstrar carinho de uma forma mais tradicional (esqueça beijos e abraços afetuosos, quando se trata da alemã). Ainda assim, os momentos que mostram a profundidade emocional de Rosa e o quanto ela já sofreu são tocantes, e não há como não simpatizar com a mulher. Rudy Steiner, vizinho de Liesel, e Max Vandenburg, o judeu que chega à casa no meio de uma noite, também trazem suas próprias histórias de sonhos e sofrimento, criando forte amizade com a garota. Se a protagonista do livro encanta, é na narração que Zusak conquista definitivamente. A história é contada pela Morte, que se mostra uma narradora eficiente e sensível. Dedicada a seu trabalho de recolher as almas - portanto, extremamente ocupada em plena guerra -, ela passa pela vida de Liesel três vezes, e acha a menina marcante. Cansada, ela não tenta fazer mistério sobre acontecimentos futuros do enredo, conta tudo da forma mais direta possível e fala tanto daquilo que viu quanto das situações que apenas Liesel presenciou (ela encontrou um livro em que a menina escreveu sua história, e já leu inúmeras vezes até ter a ideia de contar tudo ao leitor). É complicado falar sobre "A Menina que Roubava Livros" sem dar algum spoiler ou esconder o quanto o livro faz com que o leitor se envolva - acaba-se tendo a sensação de que a resenha não foi bem feita. É o tipo de obra que merece ser lida várias vezes, e que dificilmente deixará de cativar o público. O livro ganhou uma adaptação para o cinema que estreia na sexta-feira (31), com Sophie Nélisse no papel de Liesek, Geoffrey Rush como Hans e Emily Watson como Rosa Hubermann. A direção é de Brian Percival, e o filme concorre ao Oscar de Melhor Trilha Sonora.
"A Menina que Roubava Livros" foi publicado pela editora Intrínseca. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Em 1980, manifestantes iranianos invadiram a embaixada dos Estados Unidos naquele país e prendera, os norte-americanos como reféns. Seis diplomatas, entretanto, conseguiram se manter em liberdade, de modo que precisavam de uma forma segura de voltar a seu país natal. A missão da CIA que permitiu o resgate foi base para o filme "Argo", dirigido por Ben Affleck, e para um livro de mesmo nome, escrito por Antonio Mendez e Matt Baglio.
Mendez liderou a missão de resgate - ou exfiltração, como explica no livro. Chefe do setor responsável pelos disfarces dos agentes da CIA, ele organizou um cenário em que os seis diplomatas formavam a equipe canadense de produção de um filme. Assim, não levantariam muitas suspeitas se alguém decidisse questionar o que estavam fazendo no Irã. Para oferecer credibilidade, uma produtora foi criada e a mídia foi avisada do filme como se fosse uma produção real.
O livro mostra tanto os esforços do agente para cumprir sua tarefa quanto a situação em que os seus norte-americanos se encontravam - ao contrário do filme, o trabalho de preparação nos Estados Unidos ocupa a maior parte da narrativa, deixando apenas um capítulo para a exfiltração em si. A obra de Ben Affleck (que também atua, no papel principal) injetou certa dose de adrenalina à trama, talvez para agradar o público. Funcionou: o filme recebeu o Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição em 2013.
Antes de ser levada às telas e de ser publicada, a história já havia aparecido na revista Wired, que escreveu uma matéria sobre a exfiltração, e no livro "O Mestre do Disfarce", também de Antonio Mendez. Foi só depois de se tornar um roteiro de cinema de verdade que a missão ganhou um livro só sobre ela.
Matt Baglio foi responsável por entrevistar os seis resgatados, mas é Mendez que conta, em primeira pessoa, as decisões que tomou na CIA. Com isso, por mais difícil e delicada que tenha sido a missão, fica a sensação de que o espião não consegue disfarçar certo orgulho por ter sido o grande heroi. Ainda assim, vale a pena conferir a maneira como seis diplomatas, em meio a uma situação de crise onde a diplomacia não servia para mais nada, foram levados para casa em segurança graças a um esquema em que os iranianos jamais pensariam.
"Argo" foi publicado pela editora Intrínseca. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
Em 2012, a trilogia que começou com "Jogos Vorazes" ganhou fama ao mostrar a vida de Katniss Everdeen e sua participação na competição que dá nome ao livro. A história de Suzanne Collins foi transformada em um filme estrelado pela vencedora do Oscar Jennifer Lawrence e pelos atores Josh Hutcherson e Liam Hemsworth. Agora, a adaptação do segundo volume da série chega às telas: "Em Chamas", que estreia no Brasil no dia 15 de novembro.
Nessa segunda parte, vemos a vida de Katniss (Lawrence) e Peeta (Hutcherson) ao voltarem para suas casas, no Distrito 12 de Panem: como vitoriosos dos Jogos Mortais, eles agora têm direito a um pouco mais de conforto, dinheiro e comida. O restante do distrito, porém, continua na situação de pobreza de antes, com um agravante: as pessoas começaram a demonstrar sua insatisfação com o governo autoritário da Capital e do presidente Snow. A população passou a ser reprimida com violência, e todos parecem se inspirar na coragem de Katniss para tentar mudar o sistema. Para piorar a situação, é o ano dos Jogos Quaternários: uma edição especial do reality show de violência usado pelo governo para oprimir o povo de Panem. Como forma de punir Katniss e mostrar aos cidadãos que eles não têm chance contra a Capital, a organização dos jogos dá um jeito de levar a protagonista de volta à arena, competindo novamente com Peeta e outros campeões de torneios passados. Nesse ponto, o livro volta a seguir a fórmula que iniciou a trilogia: 24 pessoas (só alguns são adolescentes, já que todos já passaram pela arena antes), duas de cada distrito, com experiência em matar outros seres humanos e lutando para sobreviver. A diferença é que, agora, Haymitch (o mentor de Katniss e Peeta) formou alianças com outros participantes para facilitar a vida do casal. Além disso, ele pede que a heroína se lembre "de quem é o verdadeiro inimigo". Vários dos outros distritos também estão se rebelando contra Snow, e é hora de tentar derrotar o sistema dentro de seu próprio jogo.
"Em Chamas" foi publicado pela editora Rocco. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
24 de outubro é o aniversário do escritor, ilustrador, jornalista, pintor e chargista Ziraldo. O mineiro, mais conhecido pelo livro "O Menino Maluquinho", completa 81 anos nessa quinta-feira.
Ziraldo trabalhou nas revistas GQ, Playboy e Pasquim, além de ter criado as publicações Bundas e Palavra (já extintas). É por seus livros, porém, que ele é mais famoso: ao todo, já são 131. Divertidos, eles foram lidos por crianças de vários países além do Brasil - e por adultos, também. Seu primeiro livro, "Flicts", foi dado de presente pela Nasa aos astronautas norte-americanos que participaram da primeira viagem à Lua.
Quer conhecer (ou lembrar!) alguns livros de Ziraldo?
Flicts
O primeiro livro de Ziraldo fala sobre uma cor que não encontra seu lugar no mundo: Flicts. Existem coisas brancas, vermelhas, azuis, verdes... mas o que é flicts? Nada! A descoberta de algo que seja dessa cor levou a Nasa a presentear seus astronautas com uma cópia do livro.
O Menino Maluquinho
Essa é a obra mais marcante do autor. O livro conta a história de uma criança que tem "o olho maior que a barriga, fogo no rabo, vento nos pés, umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo) e macaquinhos no sótão (embora nem soubesse o que significava macaquinhos no sótão)". Sem nunca dizer o nome real do personagem, Ziraldo mostra uma infância leve, alegre e que faz os leitores se lembrarem de seus tempos de criança - ou, no caso dos pequeninos, desperta a vontade de viver as mesmas aventuras desse "menino impossível".
O livro rendeu dois filmes, uma série de televisão, tirinhas para jornais (que mostravam os amigos do Menino Maluquinho) e outros livros, tanto sobre o personagem central quanto sobre alguns secundários, como Juninho e Julieta.
Uma Professora Muito Maluquinha
Outro livro que se tornou filme (com Paola Oliveira no papel principal), mostra uma jovem professora a partir do ponto de vista de um de seus alunos. Com métodos de ensino pouco tradicionais, ela choca as outras professoras da cidade, inspira as meninas e desperta paixões infantis nos meninos. É o tipo de livro que, assim como "O Menino Maluquinho", nos faz lembrar daquela professora especial que tivemos nos tempos da escola. O Bichinho da Maçã
Personagem de vários livros menores do autor, o Bichinho tem histórias curtas, sempre contadas a partir da maçã onde ele mora. É o tipo de livro fininho, que as crianças mais novas podem ler sem dificuldades. A Turma do Pererê Inspirado no folclore brasileiro, Ziraldo escreveu histórias em quadrinhos sobre o Saci Pererê e seus amigos - o grupo conta com um índio, duas meninas e vários animais que agem como gente. As aventuras da turma começaram a ser publicadas na década de 1960, e "A Turma do Pererê" foi a primeira revista em quadrinhos feita por um único autor no Brasil.
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