quinta-feira, 6 de julho de 2017

resenha | Canoas e marolas

por Maria Clara

Sentado à beira do rio, um homem espera a hora de conhecer a filha, de quem há algum tempo não sabia nem da existência. É assim que começa "Canoas e marolas", livro de João Gilberto Noll escolhido pela Editora Objetiva para representar a Preguiça na coleção Plenos Pecados.

Bastante curto - são pouco mais de 106 páginas -, o livro não é exatamente fácil de ler. Sem nenhuma vontade para fazer aquilo a que se propõe - seja sair da beira do rio, descobrir um lugar para pernoitar ou ir ao encontro da filha -, o protagonista é a personificação da morosidade e da preguiça. Sua forma de narrar a história demonstra pouca preocupação em marcar a passagem de tempo, de modo que a mistura de um dia ao outro dá a sensação de que ele próprio passa longos períodos tentando decidir se cria ou não coragem para movimentar sua vida.

A ideia da preguiça é bastante forte no enredo inteiro e o leitor consegue, inclusive, ser contagiado pela sensação. Se trata, enfim, de um livro que consegue se integrar muito bem ao seu papel de representar este pecado capital.

"Canoas e marolas" foi publicado pela Editora Objetiva. Para adicioná-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.
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