sexta-feira, 13 de outubro de 2017

resenha | Alice no País das Maravilhas

por Maria Clara

Em 1856, o matemático Charles Lutwidge Dodgson conheceu a pequena Alice Liddell, filha do reitor de Christ Church  uma parte da universidade de Oxford. Na época, Dodgson tinha 24 anos e Alice, quatro. A interação entre os dois rendeu a história "Alice no País das Maravilhas", publicado pelo rapaz sob o pseudônimo Lewis Carroll (veja mais de sua biografia aqui).

Em "Alice no País das Maravilhas", o leitor acompanha a protagonista em uma viagem em busca do Coelho Branco. Tentando encontrar este personagem que está sempre atrasado, a menina conhece um gato que nunca para de sorrir, uma lagarta que fuma narguilé e um chapeleiro mentalmente desequilibrado, entre várias outras figuras icônicas da história.

Um ponto importante do livro é a constante mudança de tamanho de Alice: dependendo do que coma ou beba, a menina pode crescer até se tornar uma gigante ou encolher até que seu queixo bata diretamente em seus pés. Essa variação brusca lembra a forma como o crescimento infantil é tratado pelos adultos  quem não lembra da época em que ainda era pequeno para várias aventuras, mas ao mesmo tempo era grande demais para certos comportamentos?

A história também mostra Alice como uma criança bem educada aprendendo que, em certas situações, as boas maneiras não têm serventia alguma. A menina tenta se lembrar de cada regra de comportamento que já aprendeu em casa, assim como dos ensinamentos que recebeu na escola, para encontrar seu caminho no País das Maravilhas. Os outros personagens, porém, subvertem a lógica bem educada da menina, fazendo com que ela esqueça grande parte das normas de convivência que conhecia.

Marco da literatura nonsense, a criação de Carroll traz situações sem sentido do início ao fim da história. Embora cause estranhamento em alguns leitores (especialmente por causa da relação entre o autor e a Alice real), o livro ainda é um dos principais voltados ao público infantil. 

Apesar de ter sido publicado há mais de 100 anos, ele ainda gera adaptações para o cinema, televisão e outras obras literárias, permanecendo firme no imaginário tanto de crianças quanto de adultos.



"Alice no País das Maravilhas" foi publicado por diversas editoras - as ilustrações nesse post foram feitas por Sir John Tenniel, para uma das edições clássicas da obra. Para adiciona-lo à sua estante no Skoob, clique aqui.

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